segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dia da árvore

Mês de setembro, em uma pequena escola da grande São Paulo.
A professora dos pequenininhos é cobrada sobre a comemoração do Dia da Árvore.
Ela pensa em algo que possa, de fato, marcar positivamente a cabecinha dos seu alunos, quanto a consciência ecológica, sustentabilidade e outros conceitos do "politicamente correto".
Como educadora, ela queria fugir daqueles velhos clichês e do formalismo obrigatório das antigas comemorações escolares influenciados pelo "civismo da década de 70".
Tinha que ser algo com sentido!
Ao perceber que a escola tinha uma pequena área verde e que, por coincidência, poderia ser ampliada, teve uma idéia óbvia: plantar algumas mudas no jardim da mesma.
Conseguiu mudas de pau-brasil, discutiu bastante, naquela semana, com os seus aluninhos a importância da preservação do verde, o papel de cada um e a necessidade de se viver em harmonia com a natureza, mesmo morando em uma grande cidade.
Os meninos adoraram e ficaram ansiosos pelo grande dia, quando plantariam as mudinhas da árvore que deu o nome ao nosso país.
O dia chegou, com um sol lindo, a molecada com a mão suja de terra e a professora com muito orgulho do projeto finalizado.
Até a coordenadora apareceu, encerrando a cerimônia com algumas palavras bonitas.
Tinha até fotógrafo, documentando tudo.
Dever cumprido, a professora foi feliz para casa.
No outro dia, ao chegar no colégio, ela percebeu que as mudinhas plantadas na véspera, não estavam mais no local.
Impressionada com aquilo ela se dirigiu até a coordenação e foi comunicar o fato à sua chefe.
Mas, ao fazer a sua observação, ficou chocada com o que escutou da coordenadora:
- "Ué, mandei retirar. Plantamos as mudinhas só para comemorar o dia da árvore, mas elas não poderiam ficar ali, pois não combinam com o nosso jardim."
E "o grande acontecimento" já estava em destaque no site do colégio.
Então, para que serviriam aquelas árvores mesmo...

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