terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Gol de letra

O futebol é paixão.
Nada de novidade nisso, pois estamos cansados de vivenciar no nosso cotidiano discussões intermináveis sobre esse tema.
Basta ver que ainda sobrevivem aquelas mesas redondas, cheia de comentaristas tendenciosos e muito apaixonados pelos seus times.
No meu trabalho não é diferente.
Depois de um clássico onde o meu tricolor perdeu para um rival, com um gol de letra, quase no final da partida, fui bem lembrado por todos os amigos torcedores de equipes diferentes da minha, do vexame daquela derrota.
Muitas gozações, chacotas e até certa maldade contra a minha letra quase ilegível (me pediram para que eu aprendesse com o jogador do Santos que fez aquele gol).
Raras foram as pessoas que não me sacanearam.
Mas, já envolvido no trabalho, fui fazer uma palestra para os pequenininhos sobre a festa de carnaval, que vai ser realizada no final dessa semana.
Falei das origens do entrudo, dos vários tipos que existem no Brasil, da importância da festa para algumas cidades e encerrei com várias marchinhas tradicionais das décadas de trinta e quarenta.
Ao encerrar a conversa, vem até mim um aluninho do terceiro ano, filho de um amigo e que é santista roxo, me perguntando:
- "Tio, você sabe qual será a minha fantasia no carnaval do colégio?"
Eu, na minha inocência, fiz cara de interrogação e ele tasca, sem dó:
- "De Robinho..."

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